Há dez dias do recesso parlamentar as atividades em Brasília continuam em grande movimentação. O presidente do Foaesp, Rodrigo Pinheiro participou hoje, terça-feira 11/12, do lançamento do estudo Stigma Index- pesquisa que levantou dados sobre preconceito em relação as pessoas que vivem com HIV/Aids e sua relação com a auto estima, adesão ao tratamento e busca da qualidade de vida. A pesquisa entrevistou 1784 pessoas em diferentes partes do Brasil e comprovou o impacto da discriminação e a necessidade de implementação de políticas públicas voltadas para o enfrentamento desta realidade.

Reuniões

Em contato com o representante interno do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids), Cleiton Euzébio, foi apresentada a formação da Rede Lusófona de HIV/Aids, Hepatites Virais e Tuberculose, que reúne representantes da sociedade civil dos países de língua portuguesa. Rodrigo solicitou apoio do escritório brasileiro do Unaids para que reforce a importância deste espaço junto as representações dos programas nestes países. Também se tratou de retomada de ações visando a organização da cúpula de Aids da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, prevista para 2020 em Moçambique no continente africano.

Outra pauta tratada neste encontro visa trabalhar o contexto de exclusão social e pobreza e sua relação com a epidemia de Aids. Junto a representante do Fórum de ONG/Aids do Rio Grande do Sul, Marcia Leão, se articulou a elaboração de dois projetos pilotos de entrevistas, em São Paulo e Porto Alegre, objetivando identificar estes pontos e consequentemente articular ações de enfrentamento.

A última reunião do dia foi no Departamento de Doenças de Condição Crônica e IST do Ministério da Saúde, com técnicos das áreas de Cooperação Internacional, de Articulação com a Sociedade Civil e do Programa de Tuberculose. Igualmente a apresentação da Rede Lusófona foi pauta do encontro, e considerado por Juliana Givisiez, Chefe da Assessoria de Cooperação Internacional, como oportuna principalmente pelo momento de planejamento para 2020 que está em andamento.

Uma das possibilidades levantadas foi a realização de intercâmbios entre ativistas destes países, envolvendo Aids, Hepatites Virais e Tuberculose, possibilitando a recepção de estrangeiros para que conheçam a realidade brasileira e levando ativistas do Brasil a outros países a fim de apresentar a forma de enfrentamento e controle social realizada aqui há mais de três décadas.