O presidente do Foaesp, Rodrigo Pinheiro, se reuniu na manhã de hoje (quarta-feira) com a coordenadora do Programa Municipal de DST/Aids, Tuberculose e Hepatites Virais da Secretaria da Saúde de Ribeirão Preto, Lis Neves, para discutir questões relacionadas ao enfrentamento destes agravos no município.  Distante 360 quilômetros de São Paulo  tem atualmente apenas 30% dos serviços locais estão engajados na campanha do Julho Amarelo que visa ampliar ações de testagem e informações sobre as Hepatites Virais. A diminuição no quadro de funcionários e o aumento das demandas, neste período de inverno, foram algum dos motivos apresentados como responsáveis por esta baixa adesão.

Em relação ao enfrentamento da Aids, o município apresenta um alto índice de HIV na população entre 20 a 24 anos, aumentando mais de mil por cento na incidência entre 2007 e 2017, saltando de 11,8 casos por 100 mil habitantes para 133,3. Na faixa entre 15 e 19 anos o aumento foi de 125% no mesmo período. Estes jovens estão entre os mais escolarizados (cerca de 80% entre os que informaram sua escolaridade têm mais de 12 anos de estudo). 

 " Este quadro é preocupante, principalmente quando se nota que as notificações tem subido principalmente nas regiões  Leste e Central, onde se concentram estudantes universitários, especialmente HSH, o que indica uma necessidade de concentração de ações neste grupo". desataca o ativista.

Ações do Município

O município com mais de 700 mil habitantes tem incrementado ações voltadas para prevenção, junto a estudantes de ensino fundamental e médio, estão sendo desenvolvidas no município. Atualmente, cerca de, 30 escolas municipais estão concentrando esforços de informação, indicação de referências e busca de mudança de comportamento visando a ampliação de ações de auto-cuidado. Também a inclusão de oferta de testagem de hepatite C para gestantes tem crescido, possibilitando ampliação do conhecimento sorológico e, quando necessário,o início do tratamento.

No entanto problemas maiores precisam de enfrentamento:" A falta de profissionais, com o cancelamento das contratações neste ano, e as aposentadorias e exonerações não repostas, tem prejudicado o acolhimento e ampliado os problemas de saúde pública dentro do município", enfatiza Rodrigo.

O HIV é o principal motivo das internações na região de Ribeirão Preto, representando mais de 87% do total. Entre 2008 e 2017, foram realizadas 6.324 internações por DSTs no Sistema Único de Saúde (SUS), sendo 5.531 por HIV.