Durante esta semana os ativistas Rodrigo Pinheiro ( Foaesp) e Marcia Leão ( Fórum ONG/Aids do Rio Grande do Sul), estiveram em Brasilia reunidos com diversos parlamentares discutindo, entre outros pontos, a garantia de acesso dos medicamentos para as hepatites.

Segundo eles, a intenção é influenciar no processo de decretação do licenciamento compulsório destes medicamentos, garantindo assim o tratamento completo conforme prevê a normativa legal do SUS. Para Rodrigo, " por um lado os laboratórios tem endurecido na redução dos preços, por outro o governo federal tem preferido investir na negociação e enquanto isto os pacientes aguardam que os medicamentos estejam disponíveis."

Um dos parlamentares que demostrou interesse no debate desta proposta foi o Dep. Ricardo Barros (PP/PR), que foi ministro da Saúde durante quase dois anos. Barros considerou interessante esta tratativa e afirmou que quer participar desta análise visando a ampliação do acesso a população.

O Brasil tem como meta, até 2030, conter o avanço da hepatite C. Dados do Ministério da Saúde estimam que 700 mil pessoas estão cronicamente infectadas com o HCV. Aproximadamente dois terços desse montante não sabem que têm a doença. Foram realizados 319 mil diagnósticos de 1999 até 2016 e, cerca de 67 mil pessoas já receberam os novos tratamentos contra hepatite C.