Encerrou ontem em Lisboa, Portugal, um seminário que tratou das formas de enfrentamento do HIV/Aids, Hepatites Viras e Tuberculose nos países de língua portuguesa. Ativistas do Brasil, Portugal, Cabo Verde, Guiné Bissau, Moçambique e São Thomé e Príncipe trouxeram suas experiências e pactuaram ações de trocas e articulações em comum. Ponto culminante do evento foi a fundação da Rede Lusófona, que pretende ser o ponto de articulação destas ações puxando o debate a partir das características destes países. O lançamento, na Assembleia da República, o Parlamento português, reuniu também autoridades de saúde do país, além de representações de organismos internacionais.

O presidente do Foaesp, Rodrigo Pinheiro, participou de um painel apresentando a atuação do Fórum a partir das ações de advocacy e controle social realizadas e chamou a atenção para aspectos que considera de interesse de toda a nova rede. " Defendi que a Rede Lusófona considere o Acesso Universal a saúde como prioridade, em detrimento a idéia de Cobertura Universal, que vem ganhando espaço." Rebatendo a posição do Fundo Global, o ativista reivindicou maior atenção a retenção do paciente nos serviços de saúde, " além da meta 90/90/90 é preciso que a rede de serviços se dedique a continuidade dos tratamentos, incluindo a interligação de áreas públicas visando as questões sociais", afirmou.

Idioma e história em comum

A Rede Lusófona é uma iniciativa do Grupo de Ativistas em Tratamentos (GAT) e da Coalition Plus, partindo do idioma e da história em comum, assume-se como uma plataforma de advocacia constituída por organizações de base comunitária de países de língua oficial portuguesa (CPLP). O grupo tem com objetivo reunir pessoas que vivem com HIV, e ativistas, para que juntos, possam trabalhar na elaboração de planos de ação conjuntos, bem como no desenvolvimento de respostas estratégias eficazes que respeitem os direitos humanos no combate às epidemias