O presidente do Foaesp, Rodrigo Pinheiro, se reuniu nesta semana com a enfermeira Lis Neves, coordenadora do Programa Municipal de DST/Aids, Tuberculose e Hepatites Virais, discutindo aspectos de controle social e mobilizações na cidade e região. O município de mais de 700 mil habitantes é o oitavo em população no estado de São Paulo e, entre gays jovens de 20 a 24 anos, a taxa de detecção de HIV aumentou 1029% em dez anos.

Em conversa com os representantes da ONG Arco Íris, Fabio de Jesus e Marcelino Faria, que organiza o Carnagay, em fevereiro, e a Parada LGBTQI+, em junho, se discutiu a inclusão do tema HIV/Aids na Parada de São Paulo, em 2021, e necessidade de repercutir o tema em outras paradas e eventos pelo Brasil. Assim ficou decidido que este será o tema da Parada deste ano em Ribeirão Preto, prevista para 28 de junho.

" A iniciativa desta pauta é do diretor André Canto, conversamos com ele que se colocou a disposição para ajudar no evento", afirmou Rodrigo.

Outros Pontos
Também na reunião com a coordenadora se discutiu as dificuldades de atendimento dos serviços de saúde pública no município. "Diante da aposentadoria e desligamento de diversos profissionais, e a não realização de concurso público para reposição, há uma dificuldade de atendimento em diversos setores, como testagem e prevenção, além disto o ambulatório de rua, que atende também a população trans, está sendo prejudicado," analisou o ativista.

Em relação ao fornecimento de medicamentos para HIV/Aids, não há falta mas o estoque está em situação critica de distribuição com garantia de apenas um mês, sem estoque estratégico. Outros pontos como população em situação de rua e população trans em vulnerabilidade foram consideradas pautas que devem envolver politicas sociais.
Ribeirão Preto, por ser um dos poucos municípios com descentralização de recursos das ONG, deve lançar em breve um novo edital de aplicação de projetos, onde a sociedade civil deve contribuir em sua elaboração priorizando as populações mais vulneráveis a infecção.