As políticas de redução de danos foram sufocadas no Brasil por uma gestão que se pensava comprometida com a causa, avaliam ativistas em debate durante o Seminário Internacional sobre Hepatite C – Estratégias em contexto de pandemia para eliminação em 2030, transmitido nesta terça-feira pelo canal do FOAESP no YouTube.

Problemas, primeiro com o cancelamento e depois com o atraso do voo para Brasília, impediram que o deputado federal Paulo Teixeira (PT-SP) facilitasse as apresentações e o debate. Por isso, a coordenadora do Fórum ONG AIDS RS, Márcia Leão, facilitou as atividades desta manhã.

Para falar da hepatite C na população privada de liberdade e na população usuária de drogas, a psicóloga Luciana Congo, do Consultório de Rua Esperança, da Prefeitura Municipal de Guarulhos (SP) apresentou o trabalho desenvolvido com a população usuária de drogas e da dificuldade de acesso a esta população.

Do GAT Portugal – Grupo de Ativistas em Tratamentos, Joana Canedo, trouxe sua experiência com as duas populações em projetos do GAT.

Por fim, o Dr. Atanasio Darcy Lucero Junior, Defensor Nacional de Direitos Humanos da Defensoria Pública da União abordou os aspectos legais e de direitos humanos que envolvem as questões em torno dessas populações.

Sem polarizações, o debate contou com diversas participações e, dentre elas, a de Carla Almeida e de Paulo Giacomini, da coordenação geral da Anaids, e do presidente do Foaesp, Rodrigo Pinheiro, em torno da questão da política de redução de danos brasileira, completamente esquecida nos atuais governos.

O segundo dia do Seminário Internacional sobre Hepatite C pode ser visto aqui ou no canal do FOAESP no YouTube, de onde será transmitido até quinta-feira, 27 de agosto, sempre às 9h.

O Seminário Internacional sobre Hepatite C - Estratégias em contexto de pandemia para eliminação em 2030 é uma realização do FOAESP em parceria com o FÓRUM ONG AIDS RS com apoio da Coalition Plus.