A Comissão de Articulação com os Movimentos Sociais (CAMS) divulgou carta aberta sobre o cenário político-eleitoral do Brasil. A CAMS é um espaço de articulação, consulta e participação dos principais responsáveis da sociedade civil que trabalham em parceria com o Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das IST, HIV/Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde.

Assinado pelas representações da sociedade civil na comissão, o documento é apoiado também por associações, redes, fóruns e movimentos que compõem a CAMS, como a Articulação Nacional de Luta contra a Aids (ANAIDS), Associação Nacional de Travestis e Transexuais (ANTRA),
Central de Movimentos Populares,
Central Única de Trabalhadoras e Trabalhadores Sexuais (CUTS),  Rede Nacional de Pessoas Vivendo com HIV/Aids (RNP+Brasil) e Fóruns e Articulações de Aids de todas as regiões do país.

Assinado por todos os segmentos representados, a Comissão afirma que “vê com muita preocupação a fragmentação do Estado democrático, sem a ampla participação dos movimentos sociais, a continuidade de políticas públicas e programas que garantem o acesso universal à saúde; principalmente nas respostas governamentais às epidemias de HIV/Aids, hepatites virais e sífilis”.

Outros discursos que preocupam são os contra a laicidade do Estado e respeito aos Direitos Humanos, os conceitos conservadores que enfatizam o estado mínimo em uma ótica neoliberal, como a “família tradicional” e a exaltação ao extermínio do ativismo social, exploração de recursos naturais, redução da maioridade penal, pena de morte e regimes ditatoriais, além da desumanização de mulheres, negros e negras, LGBTI, pessoas com raízes africanas, indígenas, profissionais do sexo e PVHA (pessoas vivendo com HIV/Aids). Segundo a carta, a CAMS é “contrária aos discursos de ódio e de incitação à violência e ações que privilegiam somente uma parcela da sociedade, esquecendo as populações mais vulneráveis.”
Em três páginas, a nota-manifesto da CAMS faz uma retrospectiva do combate brasileiro à epidemia. Por fim, pede ao presidente eleito que tenha compromisso com a continuidade e ampliação das políticas públicas de combate às epidemias de HIV/Aids, hepatites virais e sífilis; além da atenção social, tratamento e
acolhimento das pessoas infectadas

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