Para divulgar preliminarmente os resultados construídos pelo projeto “Cartografando a Qualidade dos Serviços DST/Aids do Município de São Paulo”, a equipe do projeto preparou um resumo suscinto das atividades desenvolvidas e coordenadas pelo GIV – Grupo de Incentivo à Vida no ano de 2018 e aquelas que, neste quarto ano de execução, será coordenado pelo Grupo Pela Vidda/SP.

As ações desenvolvidas pelo “Cartografando...” consistem na realização de oficinas mensais com usuários dos serviços, que relatam ocorrências e intercorrências ao longo de seus tratamentos ambulatoriais, de internação ou de agravo.

Em 2018, 22 serviços em DST/AIDS foram identificados – os da administração direta do município e aqueles situados na cidade de São Paulo (como os oferecidos pelo Estado e pela Fundação Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, entre outros) –, mapeados e georreferenciados por mais de 266 usuários e usuárias participantes das oficinas realizadas.

A até então novidade de estimular a voz de quem normalmente não a tinha nos ambulatórios dos serviços especializados em DST/Aids, hoje já é uma realidade. Este espaço, no qual as Pessoas Vivendo com HIV/AIDS (PVHA) em seguimento (tratamento) relatam o que vivenciam, experimentam e sentem, está construído e consolidado pelo “Cartografando...”. Não se trata mais de simplesmente falar para ativistas, pois o projeto mapeou os serviços e consolidou a fala de usuários e usuárias, qualificando-os enquanto instrumentos metodológicos postos à disposição não só das populações afetadas pelo HIV, mas também das autoridades competentes em saúde publica, capazes de mudar a triste realidade retratada.

Foram mais de 40 violações contra PVHA identificadas, mapeadas e georreferenciadas, conforme apresentado na plataforma do projeto http://bit.ly/cartografandoSP, retratando dificuldades, traumas, anseios e necessidades, muitas vezes de fácil solução em caso de engajamento do sistema como um todo.

Ao longo de 2018, mais de 266 usuárias e usuários de cinco ONG/Aids participaram das oficinas realizadas. Numa primeira faze, com as ONG foram debatidos temas sobre Racismo e Direitos Humanos, Diversidade Sexual e homofobia, além dos Direitos dos Usuário do SUS, e capacitação em Cartografia Social e Georreferenciamento. Com usuárias e usuários dos serviços DST/Aids, a metodologia de cartografia social foi aplicada nas oficinas. O resultado das oficinas foi condensado e publicizado na plataforma do projeto, disponível a gestores e à população em geral para que soluções e respostas consistentes e efetivas possam ser buscadas para minimizar as dificuldades vividas dia a dia pelos usuários.

2019 a todo vapor!

O primeiro encontro para a realização da oficina com as ONG/Aids já foi agendado para 14h do dia 12 de fevereiro, nas dependências do Grupo Pela Vidda/SP (responsáveis pela coordenação das ações neste ano). Foram convidadas as ONG: Projeto Bem-Me-Quer, Associação Civil Anima, Centro de Convivência “É de Lei”, Grupo de Apoio à Prevenção à AIDS – GAPABRSP e Fundação Poder Jovem.

O objetivo é acessar o maior número de pessoas com HIV em tratamento e organizações não governamentais possíveis, discutindo mais e melhor, ampliando alcance e horizontes, levando informações consistentes e efetivas a todas e todos.

No dia 26 de fevereiro, às 13h30, também nas dependências do Grupo Pela Vidda/SP foi agendada oficina aberta a usuários e usuárias dos serviços especializados em DST/Aids para discutir os temas Racismo Institucional, Diversidade Sexual e Homofobia (LGBTfobia) e Direitos dos Usuários do SUS.

Já nos dias 28 de fevereiro e 12 e 26 de março, sempre às 19h30 no Grupo Pela Vidda/SP, oficinas sobre Cartografia serão disponibilizadas e conduzidas pelo Alexandre Viola, sociólogo responsável pelas atividades, mapeamento e georreferenciamento do projeto.