No ensolarado domingo (11), a 27° Parada do Orgulho LGBT+ de São Paulo atraiu uma multidão que, vestida com as cores do arco-íris, se divertiu muito e pediu por políticas públicas e pelo fim do preconceito. 
A garantia de direitos e a assistência social marcaram o tema deste ano, "Queremos políticas sociais para LGBT+ por inteiro e não pela metade". No primeiro evento após a saída de Bolsonaro da presidência, o tom político ficou mais ameno e as pessoas se divertiram mais aliviadas. 
No alto do trio de abertura, Sílvio Almeida, ministro dos Direitos Humanos, destacou a importância de celebrar o orgulho, mesmo no mundo violento em que vivemos. Zé Gotinha, mascote da campanha de imunização, fortemente atacada no governo anterior, também esteve presente no trio.
Fábio de Jesus, da Ong Arco Íris, de Ribeirão Preto, esteve no trio dedicado ao movimento de luta contra o HIV/aids, com homenagem ao ativista Jorge Beloqui, que nos deixou em março. “É um dia de festa, é um dia de botar a cara no sol e marcar posição. É muito importante participar, falar de política social, de estratégias de prevenção ao HIV/aids e às Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs). E combater o preconceito contra as pessoas vivendo com HIV/aids”, disse.
Com atrações como Daniela Mercury e Pablo Vittar, os diversos trios elétricos arrastaram os muitos jovens que se aglomeraram na avenida Paulista e depois desceram a rua da Consolação. Com muita alegria e sem registro de grandes confusões, um dos destaques na Parada foram os onipresentes leques coloridos.
No parque Mário Covas, a Agência de Notícias da Aids organizou o Camarote Solidário, em sua vigésima edição, reunindo autoridades e representantes do movimento social, e arrecadando cestas básicas para pessoas que vivem com HIV/aids e em situação de vulnerabilidade. As doações ainda podem ser realizadas.
Para Fábio de Jesus, a importância da luta em dia de festa é fundamental. “Precisamos frisar que temos que enfrentar todo o tipo de preconceito e opressão, e dar visibilidade às pautas LGBT+. Nós existimos, nós somos resistência”, finalizou.