O Departamento de HIV/aids, tuberculose, hepatites virais e infecções sexualmente transmissíveis do Ministério da Saúde (Dathi/MS) respondeu ao Foaesp sobre ações de vigilância para clamídia e gonorreia. Em maio, o Foaesp enviou ofício solicitando a inclusão das patologias na lista de notificação compulsória do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan).
Na resposta, o órgão afirmou que o Brasil, por meio do Projeto SenGono, parceria entre o MS, gestões estaduais e municipais e o Laboratório de Biologia Molecular, Microbiologia e Sorologia da Universidade Federal de Santa Catarina, realiza vigilância da sensibilidade do gonococo aos antimicrobianos.
De acordo com o Dathi, “a vigilância envolve coleta e processamento de amostras, identificação do agente etiológico, captação de dados epidemiológicos, definição do perfil de sensibilidade e de resistência aos antimicrobianos, além do sequenciamento do genoma dos isolados, dentre outras análises essenciais para a vigilância epidemiológica e a adaptação das diretrizes de tratamento”.
O departamento informa ainda que a terceira edição do projeto está em tramitação, que contará, inclusive, com a habilitação de novas unidades-sentinela. Em São Paulo, o CRT DST/aids será sítio-sentinela. De acordo com o documento, “as ações visam o monitoramento e a vigilância sensibilidade aos antimicrobianos dos demais patógenos que podem causar corrimento uretral, além da clamídia e do gonococo”.
O ofício esclarece ainda que o MS está implementando a rede nacional de testes de biologia molecular para detecção de clamídia e gonococo no SUS como rotina, e que há discussões sobre a “viabilidade da vigilância sentinela dos casos assintomáticos (rastreio) e a instituição da notificação compulsória dessas infecções em nível nacional”.

Veja o ofício enviado pelo Foaesp e a resposta do MS.