O projeto do Foaesp “Imuni Zona Leste”, executado pelo Movimento Nacional das Cidadãs Posithivas (MNCP), tem como objetivo instrumentalizar lideranças femininas e moradoras de assentamentos para disseminar informações sobre a importância da imunização e também das estratégias de prevenção combinada do HIV. O projeto é apoiado pelo Fundo Positivo.
A finalidade do projeto é também contribuir para a redução de diagnósticos tardios e a erradicação de doenças, especialmente as imunopreveníveis. O projeto contempla realização de oficinas; busca ativa vacinal; encaminhamentos aos serviços de saúde; e produção de material didático informativo. Os três assentamentos do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST) estão localizados na zona leste da capital paulista e o projeto tem a duração de oito meses.
A realização do projeto é fundamental, em um momento desafiador para aumentar a taxa de cobertura das vacinas, já que houve diminuição da imunização no país. A imunização é estratégia imprescindível para a saúde pública. O Programa Nacional de Imunização (PNI) sempre foi referência no calendário do Sistema Único de Saúde (SUS). 
Entretanto, por motivos diversos, como percepção enganosa de que não é preciso vacinar porque as doenças desapareceram; problemas em registros informatizados; fake news; e movimentos anti-vacina; por exemplo, a queda na cobertura nos últimos anos traz apreensão aos especialistas.
A queda na cobertura vacinal afeta principalmente a população mais vulnerável, como a dos assentamentos. Durante as oficinas, as participantes ouvem sobre a importância da imunização, quais doenças podem ser evitadas e sobre as estratégias de prevenção combinada do HIV, por exemplo.
Sílvia Almeida, do MNCP, e coordenadora do projeto, conta que foi confeccionado um boneco do Zé Gotinha, símbolo das campanhas brasileiras de imunização e que, com ele, as oficinas ficam mais alegres. “Com o boneco, as dinâmicas se tornam mais participativas e, entre as histórias tristes que ouvimos, podemos levar informação, melhorando a autoestima e a qualidade de vida destas pessoas, que se sentem vistas e cuidadas por nós”, explica.