Em articulações em Brasília o presidente do Foaesp, Rodrigo Pinheiro, esteve reunido com o deputado Chico D'angelo (PDT/RJ), membro da Frente Parlamentar de Enfrentamento das IST/HIV/Aids e Hepatites Virais.
Ficou acertado que o parlamentar irá solicitar a continuidade de sua relatoria ao projeto, junto a Comissão de Saúde, Seguridade Social e Família (CSSF), da Câmara dos Deputados, cujo presidente eleito Nesta semana é o deputado Antonio Brito (PSD/BA).

O parlamentar vinha acompanhando a tramitação deste projeto no ano passado mas, com o fim da legislatura passada todos os relatores deixam esta função, que é redistribuída após a posse dos novos parlamentares, ocorrida em 31 de janeiro. O Projeto de Lei 1048/15, de autoria do deputado Sóstenes Cavalcante (PSD/RJ) " tipifica o crime de perigo de contágio de moléstia incurável", foi arquivado no final do ano passado, também pelo término da legislatura, mas desarquivado nesta semana a pedido do autor.O texto do PL, formado por três artigos, apenas inclui no Código Penal o risco da transmissão como crime e embasa sua justificativa na reportagem " Clube do Carimbo" , veiculada pelo jornal O Globo de fevereiro de 2015.

Para Rodrigo Pinheiro a recondução do deputado Chico D'angelo a relatoria é positiva pois " o parlamentar já é conhecido pelo seu compromisso na luta contra a Aids e assim, evitará que ações de culpabilização das pessoas que vivem com HIV/Aids se amplie. " Segundo o ativista a responsabilidade de prevenção e cuidado é partilhada pelas pessoas e não pode ser direcionada apenas aos soropositivos " criar climas de 'caça as bruxas' não resolve nem o controle de casos novos, nem fomenta a solidariedade", acrescentou.