No dia 6, aconteceu na Câmara dos Deputados, em Brasília, seminário da Frente Parlamentar Mista de Enfrentamento às IST/HIV/aids e hepatites virais, coordenada pela deputada federal Ana Pimentel. Carla Diana, vice-presidente do Foaesp, compôs a mesa.
Dirceu Greco, professor emérito da Universidade Federal de Minas Gerais e ex-diretor do Departamento de IST/HIV/aids do Ministério da Saúde, apresentou “estudo de caso do programa brasileiro de enfrentamento da aids, criação, evolução e perspectivas”.
A diretora e representante do Unaids no Brasil, Claudia Velasquez, destacou a mobilização política e social da sociedade civil na epidemia de HIV/aids no país. “A resposta ao HIV não é apenas uma medida governamental, mas também resultado de um esforço coletivo da sociedade civil brasileira em consonância com os setores de engajamento político e cultural”, disse.
Draurio Barreira, diretor do Departamento de HIV/aids, tuberculose, hepatites virais e infecções sexualmente transmissíveis do Ministério da Saúde (Dathi/MS), pontuou sobre os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas e da eliminação da aids e de outras doenças enquanto problemas de saúde pública até 2030. “Acredito que vamos atingir, se não a totalidade das metas, mas a grande maioria delas”, afirmou.
Representando a Articulação Nacional de Luta Contra a Aids (Anaids), Carla Diana, vice-presidente do Foaesp, falou sobre as populações vulneráveis.”Nós conhecemos o que é a vulnerabilidade, o que é a pobreza, e o impacto que a vulnerabilidade traz nas pessoas que vivem com HIV/aids”, disse.
Carla Diana ressaltou a importância deste  governo, com a criação do Comitê Interministerial para a Eliminação da Tuberculose e de Outras Doenças Determinadas Socialmente (CIEDDS), “o que nos deixa mais tranquilos e esperançosos quanto ao futuro”.
A vice-presidente do Foaesp fez uma reflexão sobre as questões de pobreza, violências, saúde mental, moradia, falta de dignidade e perspectiva. “O Comitê precisa de um olhar para a proteção integral, para a garantia do bem estar social, um olhar para as especificidades para entender as questões. A vulnerabilidade faz com que as pessoas que vivem com HIV/aids fiquem mais suscetíveis à mortalidade por aids”, explicou.
Após a mesa, representantes da sociedade civil puderam falar. Rodrigo Pinheiro, presidente do Foaesp e também representando a Anaids, destacou o andamento das ações da Frente Parlamentar, pontuando a importância do incremento do orçamento para IST/HIV/aids. 
Pinheiro apontou a vulnerabilidade da saúde da população preta e parda e também das pessoas sem acesso ao trabalho, ao estudo e à saúde. Sobre a formulação de editais, Rodrigo Pinheiro destacou que a sociedade civil também precisa estar presente.
Pinheiro terminou sua fala enfatizando a valorização do SUS. “Um ponto importante é o fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS), o investimento nos serviços especializados e na sociedade civil”, disse. “Aqui no Brasil a gente tem o SUS, e a gente precisa valorizar o SUS”, concluiu.
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