O dia 29 de janeiro é o dia da Visibilidade Trans, dia de luta pela garantia dos direitos e de políticas públicas para esta população. Entretanto, pela 15ª vez, o Brasil continua sendo o país que mais mata pessoas trans no mundo, de acordo com dados da Ong Transgender Europe, que monitora 171 países.
O dossiê “Assassinatos e violências contra travestis e transexuais brasileiras”, da Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra) e com dados de 2023, aponta que 145 pessoas trans foram assassinadas no Brasil em 2023, 14 a mais que no ano anterior.
Das vítimas, 94% são de mulheres trans/travestis, 72% pretas ou pardas. Mais da metade (57%) vivia da prostituição e foi morta com requintes de crueldade (54%). Por faixa etária, 34,5% tinha entre 18 e 29 anos. São Paulo foi o estado com mais registros de assassinatos, com 19 casos. Os números podem ser ainda maiores, por conta da subnotificação.
De acordo com o dossiê, “ficou evidente que o desafio de reconstruir o Brasil deve assumir – com urgência – um compromisso público com a vida das pessoas”. 
Dar visibilidade à população trans é dar legitimidade para garantir direitos e reivindicações, lutando contra a transfobia, o preconceito e a violência, assegurando a cidadania destas pessoas.
Leia o dossiê na íntegra.

Foto: Katie Rainbow/Pexels