O Foaesp solicitou reunião com a diretoria do Programa Estadual de DST/Aids para discutirem aspectos sobre a aplicação da terceira dose da vacina contra a Covid-19 para as pessoas vivendo com HIV/Aids (PVHA). A medida foi anunciada pelo Ministério da Saúde no último dia 25. O encontro virtual aconteceu nesta quinta-feira, dia 2.
Álvaro Furtado da Costa, médico infectologista do Centro de Treinamento e Referência em DST/Aids do estado de São Paulo (CRT-DST/Aids) contou que a terceira dose, como reforço, será aplicada em todos os idosos acima de 70 anos. O governo de São Paulo anunciou que no estado a medida vale para os acima de 60 anos. “No caso dos imunossuprimidos, como os pacientes com HIV, a terceira dose não é reforço, é para completar o esquema vacinal”, explicou.
Entretanto, nota técnica do Ministério da Saúde preconiza a terceira dose da vacina somente para PVHA com o exame com células CD4 em número inferior a 200 (por mm3 ), medida de difícil operacionalização e excludente. Um dos motivos da regra é a falta de doses.
Em sua fala, Álvaro Furtado da Costa salientou que a terceira dose é necessária, pois imunossuprimidos têm menor resposta vacinal, não só com a vacina contra a Covid-19, que ainda têm poucos estudos, mas também com outros imunizantes, que muitas vezes são aplicados com o dobro da dose habitual.
Os representantes do CRT-DST/Aids e das Ongs que compõem o Foaesp decidiram pela elaboração de um documento para pressionar o Ministério da Saúde na liberação da terceira dose da vacina contra a Covid-19 a todos os PVHA.