Rodrigo Pinheiro, presidente do Foaesp, esteve ontem (21) no evento de finalização do Projeto Close Certo, o Seminário Close Certo. O projeto, parceria do Instituto Vida Nova com a Unesco e o Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis do Ministério da Saúde (DCCI/MS), realizou oficinas e cursos gratuitos para transexuais e travestis durante o ano de 2021.
Com oficinas de cabelo e maquiagem, cursos sobre direitos humanos e informática, rodas de conversa e atividades culturais, o Projeto Close Certo ofereceu oportunidades para transexuais e travestis em situação de vulnerabilidade social. Durante o seminário, foram entregues os certificados aos participantes e aconteceram mesas de discussão e apresentações artísticas.
A oradora da turma, Ranielly Souza, disse que está muito honrada por dividir a experiência de estar no Projeto Close Certo. “Esse projeto significa muita coisa, porque através dessa oportunidade, pude entender melhor, e acreditar, vendo exemplo de pessoas, que tenho capacidade e direito de ocupar e estar nos locais em que eu quiser.”
“Cheguei no Instituto com o pensamento de que a sociedade me empurrava para as beiras das esquinas, para a sombra do que restava. E hoje eu entendo que sou dona do meu destino, do meu caminho, das minhas escolhas, não devo me esconder da sociedade. É importante que pessoas como nós, travestis, transexuais, ocupem os lugares, ir ao mercados fazer suas compras, ir à rua durante o dia, não se esconder de uma sociedade que te obriga a certas situações.”
O presidente do Foaesp considera de fundamental importância projetos como o Close Certo, destacando o trabalho de inclusão social e a oportunidade de inserção no mercado de trabalho para transexuais e travestis.
Lembrando do recente episódio envolvendo a covereadora Carolina Iara na Câmara Municipal de São Paulo, que sofreu transfobia por parte da vereadora Sonaira Fernandes, Pinheiro repudiou o ato violento. "É preciso que haja uma manifestação do movimento de transexuais e travestis contra esta discriminação acontecida dentro da Câmara dos Vereadores, na Casa do Povo. Precisamos criar um grupo de trabalho dentro da Frente Parlamentar Municipal para podermos pautar e dar mais visibilidade ao tema", explicou.
*Com informações da Agência de Notícias da Aids