Pesquisa divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que faz parte da PeNSE (Pesquisa Nacional da Saúde do Escolar) e traz diversos dados sobre a saúde dos adolescentes, indica diminuição do uso de camisinha em relações sexuais por adolescentes.
O levantamento foi feito entre os anos de 2009 e 2019, com alunos do 9º ano do ensino fundamental nas capitais brasileiras. Entre os jovens que já tinham iniciado a vida sexual, o percentual dos que revelaram ter usado o preservativo durante a última relação caiu de 72,5%, em 2009, para 59%, em 2019.
O resultado mostra maior exposição aos riscos, o que reforça a necessidade da ampliação e do fortalecimento de ações educativas de práticas sexuais seguras entre os jovens.
De acordo com Rodrigo Pinheiro, presidente do Foaesp, os governantes de todas as esferas precisam ter clareza que o HIV/aids continua sendo um problema de saúde pública, que ainda temos que atingir algumas populações, e que os jovens já são, há alguns anos, considerados prioritários.
“Precisamos de campanhas de sensibilização, de educação sexual nas escolas. O jovem necessita ter conhecimento das melhores formas de se preservar em uma relação sexual, e a gente entende que esse é um papel também das escolas”, explica.
O Foaesp propôs um projeto de lei sobre educação sexual nas escolas na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp). O projeto ainda não foi aprovado, mas é fundamental que seja.
A PeNSE é realizada pelo IBGE em parceria com os Ministérios da Saúde e da Educação.
Matéria do jornal Folha de S. Paulo traz mais dados da pesquisa.
Foto: Raul Santana/Fiocruz Imagens