O Centro de Referência e Treinamento (CRT) DST/aids do estado de São Paulo realizou hoje, 19, a webconferência “O impacto do uso de drogas recreativas (chemsex) na epidemia de aids e as estratégias de prevenção combinada para redução de danos”.
O sexo químico (em inglês chemsex, abreviatura de chemical sex) é a prática em que são usadas drogas com a finalidade específica de fazer sexo. No ano passado, foi criado em São Paulo o Grupo de Trabalho Chemsex (GT Chemsex) para debater o assunto e pensar em estratégias de enfrentamento.
A prática tem se tornado popular nos últimos anos, e acontece tanto entre homens e mulheres cis heterossexuais quanto na população LGBTQIA+ e as consequências negativas, como dependência química, overdose, abuso e infecções sexualmente transmissíveis, precisam ser discutidas.
O evento, disponível na íntegra no Youtube, contou com a presença de diversos convidados. José Roberto Pereira, o Betinho, do Projeto Bem-me-quer, representou o Foaesp. Betinho destacou a importância do debate, com tema relevante e desconhecido por muitos. “São novos contextos do mundo moderno, precisamos pensar na saúde sexual, no risco aumentado das infecções sexualmente transmissíveis, e também nas questões que envolvem a saúde mental”, disse.
Em sua fala, o ativista considerou importante a discussão e demonstrou preocupação com a falta de orientação dos jovens nas questões de prevenção e do abuso de substâncias químicas. Betinho, entretanto, ressaltou a importância de aprender com erros do passado. “Não se deve moralizar, não se deve julgar, precisamos encontrar alternativas no enfrentamento do assunto”, disse.
Confira a webconferência na íntegra.