Não há dados disponíveis sobre pessoas com deficiências que vivem com HIV/aids no Brasil. O debate é urgente e necessário. Mais vulnerável e exposta aos estigmas, aos tabus sobre a sexualidade e aos preconceitos, essa população precisa de políticas públicas específicas. 
Em junho, aconteceu na Câmara dos Deputados audiência pública da Comissão dos Direitos das Pessoas com Deficiência, solicitada pelo deputado federal Alexandre Padilha. 
O evento trouxe luz sobre a invisibilidade do tema e questões importantes, como saúde reprodutiva, educação, prevenção de infecções sexualmente transmissíveis e HIV/aids, acesso ao cuidado e formulação de políticas públicas.
Rodrigo Pinheiro, presidente do Foaesp, acredita ser fundamental cobrar o governo para a realização de estudos e para que sejam divulgados os dados, “essenciais para que possam ser pensadas políticas públicas que beneficiem essa população, já tão vulnerável”.
Mesmo com a luta das organizações das pessoas com deficiência pelo direito de exercerem a sexualidade com dignidade e segurança, essa população é excluída de programas de prevenção e atenção às infecções sexualmente transmissíveis e HIV/aids.
Em julho, o Foaesp enviou ofício sobre o tema ao Departamento de Doenças Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis do Ministério da Saúde (DCCI/MS).